sábado, 14 de julho de 2012

(OCIDENTE X SÍRIA) Massacre de Houla foi obra de sunitas anti-Assad

Os rebeldes sírios também barbarizam.

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Há coisa de 10 dias, um grande massacre aconteceu na cidade de
Houla, onde  mais de 100 civis sírios, inclusive mulheres e crianças,
foram assassinados a queima-roupa.

Logo de cara o Ocidente concluiu que o crime fora cometido por forças do governo Assad.
Os EUA apressaram-se a fazer uma veemente condenação. O Presidente
Hollande  pediu a intervenção militar da ONU. E 12 países expulsaram os
diplomatas sírios.
Todos estes fatos foram largamente noticiados e severamente
analisados pela mídia, não só do Brasil, como da maioria dos países do
mundo.
Mais tarde, chegou-se à conclusão de que o crime não fora cometido
por soldados do governo Assad, que não chegaram sequer a entrar na
cidade.
Alguns especialistas opinaram que, pelo tipo do crime, os responsáveis deveriam ter sido milicianos, provavelmente estrangeiros.
A máquina de propaganda do Ocidente não se apertou.
Identificou tais milicianos como membros de um tenebroso grupo de paramilitares, subvencionado por Assad.
E a nossa grande imprensa (escrita, falada e televisiva) apressou-se a divulgar essa versão com destaque.
De repente, ficou provado que era mentira.
Reportagem do conceituado jornal alemão, Frankfurter Allgemine Zeitung, informou que os autores do massacre de Houla foram milicianos sunitas anti-Assad.
A maioria das vítimas assassinadas eram membros  das minorias xiita e alawita, que apóiam o governo.
Segundo a reportagem, os informantes foram civis anônimos, adversários do governo, que admitiram seu envolvimento no episódio.
“De acordo com testemunhas oculares”, diz a reportagem do Frankfurter
Zeitung, “os assassinados eram quase todos  exclusivamente membros de
famílias das minorias xiitas ou alawitas. Vários outros eram membros de
uma família que se converteu do sunismo para o xiiismo…assim como a
família de um sunita membro do parlamento sírio que é considerado
colaborador de Assad.”
A reportagem continua: ”Imediatamente depois do massacre, os autores
filmaram suas vítimas e depois apresentaram-nas como vítimas
sunitas        num vídeo postado na internet.”
Há outras testemunhas, como monges do mosteiro de São Jaime, em Qara,
que afirmaram terem sido os sunitas quem assassinaram as vítimas de
Houla, tendo depois atribuído o crime a milicianos pró-Assad, na
esperança de que isso provocaria uma intervenção militar estrangeira na
Síria.
Estes fatos todos foram revelados por parte da imprensa internacional
mas,solenemente ignorados pelas grandes cadeias jornalísticas
brasileiras.
Não há dúvida de que forças do governo sírio praticaram atentados
gravíssimos contra os direitos humanos. Mas os rebeldes fizeram o mesmo.
A nossa mídia tem todo direito de expressar suas opiniões.
Não pode esconder fatos que as contradizem sob pena de estar desmoralizando a liberdade de imprensa.  DA (RADIONET.GOV)

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