Duas manifestações, ambas foram maravilhosas.
Mas, mesmo assim, temos que fazer uma autocrítica.
Em que pese o trabalho abnegado, gigantesco, maravilhoso dos diversos grupos que organizaram o movimento, ficou claro, pelo menos aqui em Brasília, que não há um consenso sobre o que queremos.
Alguns pedem impeachment, outros renúncia, outros ainda intervenção militar constitucional, há os que querem o rompimento da ordem constitucional, isto é, golpe militar, há até aqueles que querem seus cinco minutos de glória e tiram as roupas em público.
A impressão que fica é que nem todos têm um entendimento do que cada uma dessas situações significa.
Afinal o que é que nós queremos?
Queremos a Dilma fora do governo? De que maneira queremos que isso aconteça? Temos condições de conseguir isso?
Acho que ainda não porque temos PODER mas ainda não temos FORÇA.
FORÇA é o elemento fundamental que transforma PODER em CONQUISTA.
O movimento dos caminhoneiros foi vitorioso porque tinha PODER e FORÇA.
Conseguiram uma mobilização maravilhosa e usaram suas armas, seus caminhões, sua FORÇA nas ruas bloqueando as estradas do Brasil, criando aquele caos que todos vimos, obrigando o governo a se posicionar.
E nós, onde está a nossa FORÇA?
Mil perdões, não quero ser pessimista, mas sem FORÇA não vamos a lugar nenhum. Vamos chover sempre no molhado.
TEMOS QUE RADICALIZAR!
Do jeito que a coisa vai, o máximo que poderá ocorrer é uma renúncia ou um impeachment, que não é exatamente o que estamos querendo, pois tudo vai continuar da mesma forma: vamos tirar um lobo que está tomando conta dos cordeiros e em seu lugar vamos colocar outro. E ainda talvez tenhamos que engolir o lula em 2018.
Não vamos nos iludir, as FFAA não vão intervir constitucionalmente. Por que? Porque isso depende de iniciativa do governo e eles não vão tomar uma medida contra eles mesmos!
As FFAA vão intervir sim, e na MARRA, quando a situação estiver conturbada, quando ela estiver fora do controle do Governo e sabe quando isso vai acontecer?
QUANDO RADICALIZARMOS,
Quando estivermos nas ruas, com a nossa FORÇA, mostrando aos petralhas ou até quem sabe ao exército do Stédile, que não estamos blefando e que se for preciso iremos lutar.
Somente aí as FFAA vão intervir.
Só estão esperando por nós, tudo só depende de nós.
Ainda não fomos capazes de ser mais efetivos, mais contundentes. Faltam-nos lideranças mais efetivas, mais agressivas, mais impetuosas, que nos apontem o caminho, que sejam capazes de nos conduzir além da mesmice.
Acho que devemos pensar com calma no próximo passo. Estão falando numa marcha sobre Brasília. Será? Fazer o que aqui em Brasília?
Na manifestação de 15 de março, à noite dois vigaristas foram para a televisão para defender o governo ,tentando minimizar os efeitos positivos da nossa manifestação e acho que em parte conseguiram.
Não podemos dar munição para o inimigo
Nosso próximo passo tem que ser muito bem pensado, tem que causar um grande impacto.
Seja o que for, preparem-se, fiquem espertos porque a tendência é a de que num futuro bem próximo haja uma confrontação.
Então sugiro que conheçamos um pouco das técnicas e táticas de combate urbano. Você não pode ir para as ruas apenas com a cara e com a coragem. Tem que ter algum conhecimento.
No final dos anos 60 ficou famoso um manual organizado pelo terrorista Carlos Marighela que era distribuído para os militantes de esquerda, era uma espécie de livro de cabeceira dos terroristas, chamado de “Manual do Guerrilheiro”, que ensinava táticas de guerra de guerrilha, principalmente a guerrilha urbana. É o mesmo que é distribuído para exército do Stédile.
Acessem o google e procurem “ Mini Manual do Guerrilheiro. “
Leiam com atenção e preparem-se.
Meus Amigos! Queremos a Dilma fora?
Não vamos conseguir isso só com conversa, é preciso agir.
Lembrem-se do velho jargão:
“Um ato vale mais que mil palavras."
Brasil viverá guerra civil , diz Cel Moésia